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Uma Berliner Weisse sem lactobacilos

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Da nossa cervejaria experimental, está sempre saindo alguma novidade. A última é uma Berliner Weisse sem adição de lactobacilos. Produzida no início de dezembro, quando nossos parceiros Jean Leuchs, da representação da Agrária Malte no Paraná, e Lucas Lacerda, da Lallemand Brewing, estavam no Rio para participar do Mondial de la Bière, a cerveja acaba de sair dos tanques e está bem característica do estilo: aroma frutado com formação dos ésteres clássicos de uma Weizen (banana e cravo), além de uma sensação bem seca na boca que vem acompanhada daquela acidez láctica que os amantes do estilo tanto gostam.

Mas o que, afinal, a gente usou no lugar dos lactobacilos? Um fermento: o Philly Sour. Espécie única de Lachancea – selecionada na natureza pela Universidade de Ciências da Filadélfia (daí o nome) – essa cepa produz uma quantidade moderada de ácido láctico juntamente com o etanol durante a fermentação. E francamente? O resultado não deixou nada a desejar ao estilo. A cerveja ficou clara, bem refrescante como deve ser uma Berliner e sem qualquer percepção do álcool, com apenas 3,4% ABV, ou de amargor. Fácil, fácil de beber. Ao menos para quem é fã do estilo. Para quem não curte acidez, tem sempre a possibilidade de “fazer o alemão” e adicionar um xarope ou geleia de frutas. Uma prática bem comum na Alemanha, onde a cerveja é comumente servida com xarope de frutas ou herbáceos e que serve para que a acidez equilibre o sabor. Por aqui, a gente provou com o Monin e a experiência foi bem interessante, quase um drink.

Além do Philly, a receita leva três maltes Agrária: de Trigo, Pilsen e, também, um pouquinho de Munique para dar uma incrementada na cor. O lúpulo usado foi o Hallertau Perle, um típico alemão. Quer a receita completa? Só clicar no link abaixo para abrir o arquivo:

RECEITA BERLINER WEISSE

OG: 1034 – FG: 1008 – ABV: 3.4%
Maltes: Pilsen, Trigo e Munique (Agrária)
Lúpulo: Hallertau Perle (HVG)
Levedura: Philly Sour (Lallemand Brewing)

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